A dependência de smartphone (DS) tem causado consequências negativas na sociedade atual, mas ainda não foi reconhecida como uma doença, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento dos indivíduos afetados. O reconhecimento dos fatores associados, das características neuropsicológicas e das características fisiológicas pode constituir evidencia empírica da validade do constructo como um transtorno. A DS foi associada ao fato de ser estudante, sexo feminino, idade jovem, renda familiar alta, alta impulsividade, baixo autocontrole e dificuldade de adiar recompensas. Ainda não foram estudados os fatores associados à DS na população brasileira e não foi pesquisada a associação entre a DS, a satisfação com o suporte social e a qualidade de vida, fatores esses que impactam a funcionalidade e podem contribuir para a diferenciação entre o uso funcional e a dependência de smartphone. Estudos prévios também demonstraram que os indivíduos com as síndromes de dependências já reconhecidas como doenças apresentam um viés no processo de tomada de decisão, pois preferem escolhas vantajosas a curto prazo, mesmo que gerem prejuízos a longo prazo. Esse viés pode contribuir para o início e para a manutenção das dependências, mas ele ainda não foi analisado na DS. Objetivos: analisar os fatores associados à DS em estudantes universitários e na população geral; avaliar o processo de tomada de decisão sob risco e sob ambiguidade na DS e mensurar os parâmetros fisiológicos durante os testes de tomada de decisão.